Existia um grande nada, e um pouco,

ou talvez um pouco mais,

de raiva.

Pelo nada não deveria ligar,

pois não tinha nada a comentar.

Pela raiva era lógico que não era bom tentar uma conversa,

coisas boas não iriam sair.

Enterrei bem esse sentimento, e não tenho porque me culpar disso.

Me baratinou você aparecer para cavar isso.

Mas, não era uma ligação, e sim um retorno... hum... parar para pensar, já era los hermanar.

Dei um tempo...

Nesse pensamento...

Hoje tenho a certeza:

quem responde minhas duvidas eh o tempo.

O tempo, o tempo, o tempo...

O Tempo que brincávamos de casinha,

cozinhávamos, madrugávamos, arteávamos muito, …ámos mais não.

Era muita musica, muita paixão, muita arte, em nome disso, minha bandeira de paz.

Após a resposta,

da minha cabeça conversando com meu coração,

procurei e nada parecia, com a mensagem que eu havia recebido.

Uma frieza, um nada de retorno do retorno,

Continuaria a tentar?

Conclui, que não quero seguir com a imagem preta, dentro de mim,

não sou isso,

o peso não veio de mim,

apenas chegou a mim.

Nunca isentei minha culpa,

tenho meus direitos de me justificar,

e sempre fui correta em me explicar,

minha consciência segue tranquila, de que fui honesta,

de que vivi o que sentia,

não me travava de medo,

não amava em segredo, demonstrava.

A culpa não esta em nenhum lado,

queria eu, que tivesse com você, pois preferia culpar,

como já era de minha mania,

culpar e observar a reação,

ver se a carapuça serviu, hahahaha.

Ninguém sabe onde aquele peso, aquela escuridão, morava quando resolveu sair do seu canto para nos visitar.

Inveja?

Macumba? (tenho ate medo de colocar essa palavra aqui)
Viajamos muito.
Possessividade? Ciumes crescente?
Um ciume levou a outro?

Uma posse deu direito ao outro de querer se apossar?

Nos isolamos do mundo.
Isso levou a loucura?

Ou optamos por viver o nosso mundo?

Pagamos foi caro por nossas escolhas, sem raciocinar, vivendo o momento.
E este parecia eterno, e foi duradouro de pelo menos seis meses saudáveis.
Provocamos inveja nas pessoas?
De tanto amor...

O amor ficou doente?

O amor adoece?

O amor estremece, e se na outra extremidade não estremecer também não há um ola

Verdade: nos estremecíamos em ritmos diferentes,
mas a melodia final, era mesma.

Observando,

sentíamos em momentos diferentes, mas sentíamos,

somos inconstantes demais, individualistas demais.

Tantas coisas em comum, e tantas coisas incomodavam.

Tanto amor, e cenas de ódio para traumatizar nossa peca.

Hoje consigo rir disso, as vezes, haahhaah

eh claro que pesa, mas eh claro que o que ficou de historia eh superior a isso.

O final feliz!

Uma boa conversa,
tirou alguns pesos,
trouxe o alivio de saber que, não houve raiva no retorno, e em nada.
De qualquer forma eh bom saber que sou amada por você.