Simbolismo
A exemplo do realismo, tem seu auge durante a segunda metade do século XIX. Além de rejeitarem os excessos românticos, os simbolistas negam também a reprodução fotográfica dos realistas. Preferem retratar o mundo de modo subjetivo, sugerindo mais do que descrevendo. Para eles, motivações, conflitos, caracterização psicológica e coerência na progressão dramática têm importância relativa.
Autores simbolistas - Os personagens do Pelleas e Melisande, do belga Maurice Maeterlinck, por exemplo, são mais a materialização de idéias abstratas do que seres humanos reais. Escritores como Ibsen, Strindberg, Hauptmann e Yeats, que começam como realistas, evoluem, no fim da carreira, para o simbolismo. Além deles, destacam-se o italiano Gabriele d'Annunzio (A filha de Iorio), o austríaco Hugo von Hofmannsthal (A torre) e o russo Leonid Andreiev (A vida humana).
August Strindberg nasceu em Estocolmo, Suécia a 22 de janeiro de 1849, e é educado de maneira puritana. Morreu em maio de 1912. Tentou suicídio com uma pílula de ópio, com a falha do suicídio escreveu sua primeira peça.Sua vida pessoal é atormentada. Divorcia-se três vezes e convive com freqüentes crises de esquizofrenia. Strindberg mostra em suas peças - como "O pai" ou "A defesa de um louco"(onde descreve seu primeiro casamento) - um grande antagonismo em relação às mulheres. No período em que vagueia pela Europa Central, escreve "Inferno e Lendas", "Para Damasco" (1898) e "Diário Oculto". No Diário, descreve a sua relação com a sua terceira esposa, Harried Bosse, com quem teve um filho. Após o divórcio de Harried resultou, em parte, a sua obra prima expressionista a peça "O Sonho", escrita em 1901. Em Para Damasco cria uma obra expressionista que vai influenciar diversos dramaturgos alemães.
Sonata dos Espectros e Fogueira (ambas de 1908) assinalam já o caminho para o simbolismo. Após ter passado um longo período na França, na Suíça, na Alemanha e na Dinamarca, Strindberg regressou a Estocolmo em 1899, onde fundou, em 1907, o Teatro Íntimo.
Espaço cênico simbolista - Os alemães Erwin Piscator e Max Reinhardt e o francês Aurélien Lugné-Poe recorrem ao palco giratório ou desmembrado em vários níveis, à projeção de slides e títulos explicativos, à utilização de rampas laterais para ampliar a cena ou de plataformas colocadas no meio da platéia. O britânico Edward Gordon Craig revoluciona a iluminação usando, pela primeira vez, a luz elétrica; e o suíço Adolphe Appia reforma o espaço cênico criando cenários monumentais e estilizados.
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