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1.10.09

Johan August Strindberg

Johan August Strindberg, pintor, jornalista, dramaturgo. Terceiro filho do mercador Carl Strindberg e sua ex-empregada doméstica, Ulrika Norling. Sua infância foi pobre e sua mãe morreu quando ele tinha treze anos. Era um garoto sensível e, ao mesmo tempo rebelde, nunca tendo se ajustado nas escolas que frequentou.

Estudou na Universidade de Uppsala, de onde saiu após um semestre. Nessa época, acometido de uma forte depressão, decidiu matar-se em seu pequeno apartamento ingerindo uma pílula de ópio. Não morreu e acordou numa profusão de memórias infantis, de onde obteve em apenas algumas horas sua primeira peça. Foi nomeado em 1874 bibliotecário da Real Biblioteca de Estocolmo o que lhe permitiu assegurar o seu futuro econômico e tentou a vida também como jornalista.

As suas primeiras peças teatrais denotam influências de Ibsen e Kierkegaard e aí transparece uma personalidade amarga e torturada: O Livre Pensador (1869), Hermion (1869), O Mestre Olof (1872), A Viagem de Pedro Afortunado (1882) e A Mulher do Cavaleiro Bent (1882). Sua primeira peça importante, Mestre Olof, de 1872, é um drama sobre a revolta contra as convenções sociais e todos os tipos de poder.
O Quarto Vermelho (1879), uma novela, foi sua estréia no mundo literário, como o primeiro romance naturalista da literatura sueca, com a ajuda de sua primeira esposa, com quem se casou em 1877, a Baronesa Siri von Essen, que estava grávida de sete meses. Este filho, porém, não vingou, mas o casal teve mais três filhos: Karin, Greta e o menino Hans.

As alucinações, visões e neuroses que tem no decorrer da vida não prejudicam sua criatividade, mas dificultam seus relacionamentos.

Casa-se e divorcia-se três vezes. O fracasso do seu primeiro matrimônio com Siri von Essen (1877-1891) deu à sua obra um tom misógino, que está patente, em especial nos contos de Esposos (1884). Revela rancor contra as mulheres em várias peças, especialmente em O Pai (1887), Camaradas (1897) e Senhorita Júlia (1899).

Em 1886, Strindberg termina sua novela biográfica, O Filho de um Empregado (The Son of a Servant). Nessa época, Strindberg escreveu "Miss Julie", enquanto vivia na Dinamarca. Essa peça foi encenada em 1889, com sua esposa no papel principal, o que "coincidentemente" acabou com o casamento dos dois após 12 anos de convivência.

Strindberg muda-se para a Europa Central, vivendo em diversas cidades, convivendo com seus amigos Edvard Munch e Gaughin e acabando por conhecer Frieda Uhl, uma jovem austríaca com quem veio a se casar e divorciar em apenas um ano.

Começa, então, seu período chamado Inferno, em que se interessa por ocultismo e alquimia e lê o filósofo Swedenborg. Nesse período escreve as novelas "Inferno" e "Lendas". O Inferno não dura muito e Strindberg volta para a Suécia em 1897 onde termina, em 1898, a peça "Para Damasco", precursora do teatro expressionista, que influencia inúmeros dramaturgos alemães. Nessa época, iniciou um diário, o "Diário Oculto", que manteve até 1908 e é uma das melhores fontes para se entender o autor e seu trabalho.

No Diário, ele descreve sua relação com sua terceira esposa, Harried Bosse, com quem teve um filho, descasou-se e tornou-se seu amante. Desse divórcio resultou, em parte, sua obra prima expressionista: a peça "O Sonho" (A Dream Play), escrita em 1901.

Finalmente, livrou-se de Bosse e de seu diário oculto e mudou-se para um apartamento onde teve um período muito produtivo, do ponto de vista artístico, tendo escrito as peças "Páscoa" e "A Dança da Morte", esta última uma obra primas do simbolismo.

Morreu de câncer em Maio de 1912 e em seu túmulo há a singela expressão latina O CRUX AVE SPES UNICA (Salve Ó Cruz, Nossa única Esperança)

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