É quase impossível falar de teatro no século XX sem falar de Stanislavski, Brecht e Artaud. A dramaturgia cada vez mais necessita de política, técnica, preparação. E para alcançar isto os estudiosos de teatro procuram os maiores encenadores para terem referência de seus trabalhos.
Com toda certeza os Grandes encenadores do século XX são: Stanislavski, Brecht, e Artaud. Começando por Stanislaviski com seu método das ações físicas, ou melhor, um sistema de treinamento em que falar é uma ação verbal, executar ações físicas é executar o personagem, para conceber isso o ator usa verbos: Age sobre, age contra, dirige-se a. Entre outros vários estudos sobre a arte de encenar, e sua preocupação com a ética, que colaboram até hoje para o aperfeiçoamento de qualquer ator. Sem deixar de falar que as ação física é a possível célula geradora de outras poéticas e práticas teatrais. Junto com seu conceito de memória torna-se um conceito estruturante do fenômeno teatral.
Todo o engajamento de Brecht o leva a um patamar preciosamente necessário a qualquer arte. Seja na forma de dirigir do diretor ou de atuar do ator, enfim. A técnica de Distanciamento com a famosa quebra da quarta parede impede a ilusão, fazendo o espectador não mais se envolver com o que vê, mas raciocinar. O efeito de distanciamento é causado quando, por exemplo: Um cenário com janelas de tamanhos extremamente pequenos, fora do normal, interpretações onde o ator contracena com público, o texto citado e não improvisado, elementos esses que não deixam a platéia esquecer que está no teatro, não deixa se identificar com a história e sim processar ela, analisar, criticar. Faz o espectador pensar.
Sem sacrifício não há arte alguma, já dizia Artaud com seu teatro da crueldade.
A representação tem que se dar por um acontecimento real que a vida e a morte estariam em jogo, o ator tem que ir aos seus limites. Representar um papel é através do papel o ator se revelar profundamente. E se conseguir transformar uma pessoa na platéia já é teatro, acordando algo no espectador. A catarse é na platéia, auto desnuda emocionalmente.
Trazendo o engajamento para dramaturgia, com ações do ator em seu sacrifício para transformar algo em ao menos um espectador, estes três encenadores revolucionam o teatro do século XX.
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