TRABALHO DE DIREÇÃO TEATRAL- ENSAIO CRÍTICO
HAMLET
Defendendo em certa parte, a arte de representar de Brecht, a peça faz o espectador pensar a trama, deixa nítido que é uma encenação que está acontecendo. O principal não é fazer o público se identificar com os personagens, e sim um efeito de distanciamento, proporcionando um estudo.
A interpretação vai desde realista, a um efeito de distanciamento, com momentos de quebra da quarta parede, conferindo ao espectador uma atitude analítica e crítica perante o desenrolar dos acontecimentos. Fugindo um pouco do famoso melodramático tradicional da tragédia.
A direção contemporânea provoca uma interessante familiarização da platéia com o mundo do teatro. Os atores ficam no palco esperando seu momento de entrar em cena, mostrando seus trabalhos de forma transparente e menos mágica. O público não esquece que está no teatro. As adaptações no texto também proporcionam esta aproximação da tragédia, deixando-a mais popular.
Proporciona um conhecimento a encenação teatral e a história.
No decorrer da peça uma camera flagra as emoções interpretadas pelos atores, espalhando no Oi Casa Grande um clima de paixão pela arte de interpretar, e por Hamlet. Juntando a emoção do teatro com a emoção da televisão e do cinema. A proposta é válida e moderna.
Suscinto é o cenário, nem realista, nem mágico, com a mesma intenção de valorizar a interpretação e o texto. O figurino que não remete a época é uma prova da busca do distanciamento e não da ilusão mágica.
Concluindo, Hamlet é uma peça contemporânea, que acontece não como uma improvisação, mas como uma citação. Adaptada para os tempos de hoje, ela defende as intenções de Shakespeare para o personagem Hamlet. E através do grande global Wagner Moura, mostra a beleza da representação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário