num
quadrado
branco,
vídeo
papelão
eu
eu
era
um
enigma,
uma
interrogação...
rascunho...
um banheiro sem privada,
uma sala sem sofá,
uma arte presa,
eu gargalhando tristeza,
curtindo as noites nas ruas do desespero,
bebendo minha própria lágrima
misturada com qualquer coisa que tenha álcool
o progresso do arroz, na panela ideal,
o feijão com uma querida amiga
visitas boas
para melhorar o momento ruim,
o caminhar para faculdade
cantando a minha saudade do que não pude viver ainda, bossanova.
Lavar roupa no tanque ouvindo os vizinhos cheios de papos, ouvindo o som das famílias,
vejo a minha escorrendo no sabão, escorrega não dá mais para segurar, chegou no ralo.
churrasqueira elétrica para fazer o retrato sem alma,
eu herói sem cavalo, sem inglês, o meu macho, sem maldade, sem entender a injustiça.
quero trocar a lâmpada, não tem uma nova, os tacos querem fugir daqui, estão tão sozinhos.
A janela impaca de raiva, com a falta de dinheiro.
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